Zoom-In on Champalimaud: Ana Saraiva Ayash
Acho que a combinação que melhor me descreve é latina-portuguesa-britânica. Apesar de ser portuguesa "de sangue", nasci em Lima, no Peru, e vivi na América Latina (Peru e México) durante 15 anos. Mudei-me para Portugal para concluir o ensino secundário e, aos 18 anos, iniciei a minha carreira em Neurociências, em Londres. Depois de um período de 16 anos no Reino Unido, onde aprendi tudo o que está relacionado com o cérebro, em Fevereiro deste ano regressei a Portugal, com o meu marido e dois filhos, para me juntar à FC e integrar a equipa de Strategic Research Development, como Gestora de Bolsas. Considero-me uma cidadã de lado nenhum e de todos os lugares, e estou sempre à procura de experimentar coisas novas.
P. O que a maioria das pessoas não sabe sobre si?
Que sou uma genealogista amadora. No Reino Unido há um programa de televisão chamado “Quem pensa que é?” e eu adoro. Inspirada nesse programa, consegui investigar, sozinha, as raízes da minha família até o final dos anos 1700, com recurso a registos paroquiais online. É um processo extremamente demorado, mas de que gosto realmente. Infelizmente, não descobri que sou herdeira de uma fortuna ou que tenho um passado exótico, mas descobri que, durante toda a sua vida, a minha avó acreditou ter nascido num dia diferente (ela já não está cá para que eu lhe possa contar sobre esta descoberta).
P. Qual é o 1º item na sua lista de desejos?
Fazer paraquedismo. No fundo sou uma pessoa aventureira e gosto de arriscar, mas ainda não o fiz o suficiente. Há anos que quero saltar de paraquedas... por isso combinei com um amigo fazê-lo em setembro. Desejem-me sorte!
P. Qual é o seu destino de férias ideal?
Esta é difícil. A coisa mais importante para mim, quando viajo, é a comida. A comida é a cola que nos mantém unidos - podemos criar uma ligação imediata com alguém a falar sobre comida. Dois países surgem naturalmente: Itália e Israel. Já fui a Itália nove vezes e de cada vez que visito, como incrivelmente bem. Israel é um lugar mágico, que todos deveriam visitar pelo menos uma vez – é um país pequeno, mas conseguem encontrar praias, vinhas e desertos, num raio de 150 km. Quando estamos em Israel, sentimos a história – é difícil descrever esse sentimento. Tel-Aviv, especialmente, é uma cidade vibrante, jovem, divertida e repleta de sol, praia, excelentes mercados e comida incrível (certifiquem-se que experimentam a couve-flor assada!). O Peru e o México também são delícias culinárias (embora eu seja suspeita, já que cresci lá!). No futuro próximo quero muito ir à Coreia do Sul - as panquecas Kimchi são o expoente máximo do umami.
P. Qual o animal de estimação que gostaria de ter e que nome lhe daria?
O meu marido e eu temos uma piada recorrente em que dizemos que vamos buscar dois cachorros e damos-lhes o nome de Drum & Bass... talvez um dia!