Ciência em que podemos acreditar

No dia 14 de novembro, a coordenadora da equipa CEO Catarina Ramos juntou-se a um grupo de especialistas no ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa para uma mesa redonda sobre confiança na ciência. Esta sessão marcou o culminar do projeto, financiado pela Comissão Europeia, POIESIS, um consórcio de investigação internacional que inclui sete países.

Este ano, queríamos fazer algo um pouco diferente, capaz de:

- unir a nossa comunidade; 
- libertar a nossa criatividade (podemos não ser artistas, mas os cientistas e os profissionais de saúde também podem ser super criativos!);
- criar imagens artísticas e únicas que pudessem ser partilhadas convosco!!

“Estou exatamente como há 10 anos”, diz Kina García, uma espanhola da região de Granada, enquanto se dirige por Zoom, a partir de sua casa, à audiência da Conferência Internacional sobre Doenças Neurodegenerativas, reunida numa manhã de sábado no auditório da Fundação Champalimaud, em Lisboa. A data é apropriada: estamos a 21 de setembro, o Dia Mundial da Doença de Alzheimer.

Juntando-se a instituições como a Sociedade Max Planck (#1) na Alemanha, o Instituto Allen (#6) nos Estados Unidos da América e o Instituto Pasteur (#13) na França, o ranking coloca a FC entre aqueles que mundialmente mais contribuíram para a neurociência, sendo a única instituição portuguesa a fazer parte do Nature Index 2024 de neurociência. Este ranking baseia-se na contribuição que cada instituição tem em publicações científicas da área e é medida tanto pelo número de artigos (“Count”) quanto pela parcela de autoria (“Share”).

No dia 3 de outubro, teve lugar uma pré-conferência, de um dia, dedicada à KPro, a prótese revolucionária desenvolvida por Claes Dohlman, laureado com o Prémio António Champalimaud de Visão 2022, que recebeu pouco depois de completar 100 anos, ainda em atividade científica. O encontro celebrou o legado de Dohlman, com avanços recentes parcialmente financiados pelo prémio e trabalhos inovadores de todo o mundo. 
 

A regata coincidiu com o feriado da Implantação da República em Portugal e com o 14º aniversário do Centro Champalimaud. Os barcos partiram às 11h00, com participantes e espectadores reunidos junto ao passeio marítimo e anfiteatro exterior da Fundação Champalimaud.

Agora, com o internamento e recobro e salas de cirurgia totalmente funcionais, o centro está pronto para alargar substancialmente a capacidade da Fundação Champalimaud de tratar doentes com cancro do pâncreas. Com uma equipa dedicada de especialistas no tratamento e investigação deste tipo de cancro, o centro tem por missão a prestação do mais elevado padrão de cuidados clínicos.

Somos uma espécie altamente visual e social, e sermos capazes de reconhecer quase instantaneamente rostos específicos, bem como expressões faciais, são ferramentas cruciais para interagirmos com os nossos conspecíficos e navegarmos no nosso complexo mundo social.

O congresso reafirmou a colaboração dos dois países na investigação e tratamento de patologias neurodegenerativas como o Alzheimer, doença que tem maior incidência em sociedades envelhecidas como as de Espanha e Portugal, e um profundo impacto económico e social.

Durante três dias reuniram-se na Fundação Champalimaud os maiores especialistas mundiais para discutir os últimos avanços na investigação e tratamento das doenças neurodegenerativas.

Os vencedores do Prémio António Champalimaud de Visão 2024 são os investigadores Margaret Livingstone, Nancy Kanwisher, Doris Tsao (dos Estados Unidos da América) e Winrich Freiwald (Alemanha) pelas suas contribuições inovadoras para a compreensão dos mecanismos neurais subjacentes ao reconhecimento facial.  
 
O trabalho coletivo desenvolvido por estes investigadores permitiu avanços significativos no campo da neurociência visual, demonstrando como o cérebro processa e reconhece rostos, um aspeto fundamental da interação social e da cognição humana.